Como você está? Quero contar um pouquinho sobre a minha trajetória dentro da Psicanálise aqui, que se inicia antes da Formação em Psicanálise. Dentro da minha própria análise pessoal tive e tenho a oportunidade de traçar um percurso prático, utilizando esta abordagem como o viés de suporte para minha atuação clinica.

Desde o início da formação, do percurso analítico à supervisão e prática, já iniciei a estrada com a identificação e percepção de que uma formação em psicanálise tem início, mas jamais encontrará uma finalização.

Nesse percurso, a clínica contemporânea, a psicanálise para mulheres e o acolhimento psicanalítica às pessoas e famílias atípicas sempre estiveram no meu radar e agora voltados para o setting analítico (só um jeitinho mais técnico de chamar o consultório virtual, tá?).

A análise é olhar para o que está doendo, entender e acolher. É perder o medo de se encarar de frente pelo todo que e se é. É dar espaço para que as angústias sejam escutadas e acolhidas. Enquanto psicanalista, não serei quem de tudo sabe, ou que tenha uma fórmula cartesiana para promover uma cura imediatista, e nem mesmo terei o poder de dar respostas solucionadoras, mas sim acolher cada indivíduo que adentra uma sessão para que fale, se escute e se perceba, se entenda e acolha suas próprias vivências como parte do que o constitui como sujeito. Psicanálise é curar-se por um ato de amor incondicional: o amor por si.

O processo exigido pela análise é o de se comprometer a participar ativamente no seu próprio processo. Vai ser através da própria fala, em um ambiente livre de pré-conceitos e qualquer julgamento que esse indivíduo será capaz de, talvez pela primeira vez, se ouvir verdadeiramente para poder se conhecer, se reconhecer, para poder ser o que realmente deseja ser.